Os produtores brasileiros devem colher 127,57 milhões de toneladas de soja na safra 2020/2021. Os números coletados junto às 16 Aprosojas estaduais indicam um acréscimo de 2,2% sobre os 124,4 mi/t da safra passada e representam novo recorde de produção da oleaginosa.
Antes do plantio, a Aprosoja Brasil havia estimado a safra 20/21 em 134,5 milhões de toneladas. No entanto, de acordo com o presidente da entidade, Bartolomeu Braz, o reajuste dos números se deve às perdas de produtividade em algumas regiões em decorrência do fenômeno La Niña.
“A redução da nossa estimativa reflete problemas decorrentes da falta de chuvas em regiões pontuais de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e novamente Rio Grande do Sul pelo segundo ano consecutivo. Também contribuiu para este novo cenário o atraso no plantio e a ausência de chuvas regulares”, explica.
Os números da Aprosoja Brasil são confirmados pelo mais recente levantamento da consultoria Pátria Agronegócios. A produtividade teve redução de 1,8% em relação a 2019 e retração de 1,2% em comparação com a última estimativa da Aprosoja Brasil, de 3.319 Kg/ha.
Já a área plantada permanece inalterada em relação ao último levantamento e deve chegar a 38,44 milhões de hectares, o que representa um aumento de 4,0% em relação a 2019, quando foram cultivados 36,95 mi/ha.
Mato Grosso segue na liderança da produção nacional e deve colher 33,93 mi/t, seguido do Paraná (19,35 mi/t), Rio Grande do Sul (19,15 mi/t), Goiás (12,59 mi/t) e Mato Grosso do Sul (10.79 mi/t).
A nova estimativa da Aprosoja Brasil supera a série histórica da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e mantém o Brasil na liderança da produção e exportação mundial da oleaginosa, seguido por Estados Unidos e Argentina.