O avanço das redes sociais tem sido notório para o consumo de informação, inclusive no agronegócio, mas revistas e jornais, além da televisão e do rádio, ainda têm grande credibilidade na hora dos produtores rurais buscarem conhecimento e informação relevante para a atividade no Rio Grande do Sul. Os dados são da pesquisa “Hábitos do Produtor Rural”, iniciativa da Associação Brasileira de Marketing Rural e Agronegócio (ABMR&A) em parceria com FNP/Informa. Foram entrevistados 2.835 profissionais do campo em 15 estados – os gaúchos correspondem a 12% da amostra.
O anúncio destes e de outros dados relativos aos hábitos dos produtores rurais gaúchos foi o tema central do workshop realizado pela ABMR&A na sede da FARSUL, em Porto Alegre. Segundo Donário de Almeida, conselheiro da entidade e mediador do debate, a pesquisa representa um raio-x do consumo no campo. “Seu objetivo é identificar o perfil dos produtores rurais brasileiros, incluindo seus hábitos de compra e seu envolvimento com as novas tecnologias e as mídias. A contemporaneidade dos dados levantados é essencial para complementar as discussões sobre o futuro econômico do país”, explica Donário.
O presidente da entidade, Jorge Espanha, destacou que a equipe da Informa/FNP foi a campo para saber se os produtores costumavam se informar por meio de jornais – impresso ou digital – ao menos uma vez por mês e 62% dos entrevistados disseram que sim. No caso das revistas, 43% afirmaram ler ao menos uma vez por mês. Os meios de comunicação mais acessados pelos produtores gaúchos são tv e rádio, com 89% e 88%, respectivamente.
“Durante o workshop reforçamos um dos dados mais importantes levantados pela pesquisa: a internet chegou permanentemente ao campo, e isso não tem mais volta. A informação é acessada de forma imediata e diminui as barreiras geográficas com a tecnologia”, pontua Marcelo Claudino, diretor de Inteligência de Negócios do Grupo Informa/FNP.
De acordo com Alberto Meneghetti, diretor da ABMRA, a pesquisa mostra que a combinação de mídias, a chamada comunicação integrada, aparece como a melhor solução para as empresas do agronegócios atingirem em cheio o seu público-alvo. “A combinação de diversas plataformas pode seu usada como forma de expandir o alcance da mensagem, pois está claro que há demanda para todas elas. A questão central é adaptar o conteúdo para cada meio de comunicação de forma eficaz”, complementa Meneghetti.
O marketing e a comunicação como um todo passam constantemente por transformações, assim como o agronegócio brasileiro. “O desafio é estar sempre preparado para a próxima mudança, além de estar aberto para as novas formas da informação. Seja por redes sociais, jornais, revistas, televisão, rádio, aplicativos de troca de mensagens e eventos técnicos, as empresas do agronegócio têm diversas opções para estar mais próximas dos produtores interessados em conteúdo de qualidade e personalizado para a sua rotina nas propriedades rurais”, finaliza Jorge Espanha.