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Internet das coisas e sua utilização são debatidas na Poli/USP

Agricultura de Precisão também foi um dos assuntos debatidos no evento

O secretário de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, Arnaldo Jardim, destacou o potencial do agronegócio paulista durante a abertura do Seminário Iniciativas 4.0: Aplicações da Internet das Coisas no Agronegócio, Saúde e Indústria, no dia 30 de agosto, na Capital. Com apenas 3% das terras agricultáveis brasileiras, o Estado desenvolve uma agricultura de ponta e responde por 18% das exportações nacionais – e pode aumentar sua participação com a chamada internet das coisas, a tecnologia aplicada à produção.

No evento, idealizado por Eduardo Mario Dias, coordenador do Grupo Gestão em Automação (Gaesi) e professor titular da Escola Politécnica (Poli), e Antônio Marcos de Aguirra Massola, diretor da Escola de Engenharia de Lorena (EEL), ambas da Universidade de São Paulo (USP), foi discutido como a aplicação da engenharia e da  informação na construção de um novo paradigma tecnológico que permita ao Brasil avançar e se apresentar como protagonista da revolução industrial contemporânea.

O mundo está no início de uma quarta revolução industrial, que se traduzirá num aumento do Produto Interno Bruto (PIB) global em bilhões de dólares, de acrodo com estudos da PricewaterhouseCoopers (PwC), destacaram os organizadores do evento. Para eles, uma convergência entre o mundo digital (físico) – que são as coisas – e o biológico (pessoas) está criando um novo ambiente: o mundo 4.0. Esse fenômeno ocorre em decorrência dos avanços de várias tecnologias.

A Internet of Things (IoT), uma das principais técnicas responsáveis por este avanço, é o vetor que está eliminando os limites como os conhecemos hoje. Partindo dessa premissa, “ao desenvolver processos de inovação, produtos, fábricas e cadeias de valor mais inteligentes, as empresas podem aumentar as receitas e diminuir os custos, às vezes, as duas coisas ao mesmo tempo”, ressaltou Eduardo Dias, para quem encontros como este, que faz parte da série Strategic Workshops, realizada pela Pró-Reitora de Pesquisa, com o objetivo de disseminar o conhecimento, permitem que o País ganhe em competitividade.

O Brasil tem, hoje, a melhor agricultura tropical do planeta, sendo considerada referência para o mundo, o que o levou à condição de maior exportador mundial de proteína animal, entre outras titulações, destacou Arnaldo Jardim, em seu pronunciamento. A produtividade média de importantes culturas aumentou de 1,26 t/ha, na safra 1976/77, para 3,59 t/ha, em menos de uma década. Sendo que o País deixou de desmatar 107,2 milhões de hectares de novas áreas em virtude da adoção de um pacote tecnológico de insumos agropecuários.

No entanto, ressaltou o secretário de Agricultura, ainda há um longo caminho a ser percorrido, o setor precisa aumentar ainda mais a produtividade, sem descuidar de dois quesitos básicos: o respeito ao meio ambiente e a saudabilidade dos alimentos.

Por: Nara Guimarães
Fotos: João Luiz (Crédito: João Luiz/ComunicaçãoSAA)
Fonte: AI