O número total de bovinos no Estado de São Paulo é de 10,46 milhões de cabeças, resultado 1,24% menor que o apresentado em 2016, informa o Instituto de Economia Agrícola (IEA), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, a partir de dados coletados em junho de 2017, por meio de um levantamento por município, realizado em parceria com a Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (Cati), também vinculada à Pasta. A área com pastagem apresentou ligeiro acréscimo sobre 2016 (0,82%), atingindo 6,97 milhões de hectares, seguindo a tendência dos três últimos anos.
Do rebanho bovino voltado à produção de carne, estima-se que 3,7 milhões de cabeças serão enviadas para abate em 2017; este número é 0,82% superior ao verificado em 2016. Embora com menor intensidade de crescimento que nos últimos anos, espera-se uma oferta de 62,82 milhões de arrobas ou 942 mil toneladas de carne bovina para o Estado de São Paulo, explicam Carlos Nabil Ghobril e Carlos Roberto Ferreira Bueno, pesquisadores do IEA responsáveis pela análise. Para a produção leiteira, a estimativa é de 1,58 bilhão de litros, aproximadamente, o que representa um pequeno decréscimo em relação a 2016. “Observa-se nos últimos anos uma redução na produção de leite no Estado de São Paulo, que pode significar aumento gradual na aquisição de leite fora do Estado”, afirmam os autores.
O plantel paulista de aves para postura ficou em 48,64 milhões de cabeças, 1,79% menor que o de 2016. A produção de ovos, porém, apresentou aumento de 2,24%, totalizando aproximadamente 1,09 bilhão de dúzias. Na produção de aves para corte, as estatísticas de previsão de produção apontam para uma capacidade instalada de produção de 128,70 milhões de cabeças, 0,39% superior ao existente em 2016 e um abate de 675,51 milhões de cabeças, equivalendo a uma oferta de 1,46 milhão de toneladas de frango em peso vivo, que é ligeiramente superior em 0,10 % ao quantitativo da produção de carnes do ano anterior.
O número de suínos enviados para abate, em 2017, totalizou 1,18 milhão de cabeças, resultando na produção de 98 mil toneladas de carne, uma redução da ordem de 4,82% em relação ao ano anterior. A taxa de abate (razão entre o número de cabeças enviadas ao abate e o total do rebanho) deve manter-se acima de 100% em 2017.
A cadeia de produção de proteínas animais no Estado de São Paulo vive um ano de muitas variáveis de incerteza de mercado. Os números de acompanhamento de rebanho e produção estimados para 2017, que ainda não são os definitivos, projetam crescimento discreto ou ainda pequeno decréscimo conforme a categoria animal, o que é coerente com expectativas de previsão do PIB brasileiro também previsto para este ano como discretamente positivo. “O ajuste entre as necessidades de consumo interno de proteínas animais e sua produção deve continuar tendo que equacionar todas as variáveis que o setor produtivo primário tem a enfrentar. O crescimento da produção paulista estará na dependência de vários fatores: melhores pastagens, animais mais produtivos, insumos disponíveis a preços adequados, boas condições climáticas e condições de estabilidade econômica que agregados determinam o bom desempenho esperado”, concluem os pesquisadores.
Fonte: Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo
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