A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) está estudando uma forma de monetizar sua plataforma de API, que disponibiliza bases de dados e modelos que pode ser utilizados em plataformas de agricultura digital. Segundo a pesquisadora Luciana Romani, da unidade de Informática Agropecuária, o formato está em fase de avaliação pelo departamento jurídico da instituição e ainda não há uma data para a implantação.
A proposta, de acordo com a pesquisadora, é ter um sistema de assinaturas. Uma versão gratuita com um determinado nível de acesso e pelo menos outros três tipos de pacotes, cujo preço varia de acordo com a quantidade de informações que o usuário pretende consumir. O pagamento seria feito através de uma fundação de apoio, que será selecionada em um processo licitatório. A intenção, explicou Luciana, é garantir a viabilidade econômica do sistema.
“A Embrapa não pretende lucrar com isso. Apenas manter a estrutura funcionando e incentivar a pesquisa porque, ao abrir o acesso a modelos e dados, vamos, junto com a iniciativa privada, lançar novas soluções”, disse a pesquisadora.
Durante evento Agrônomo Digital ela apresentou um quadro de como seria essa remuneração. Uma das modalidades seria gratuita, que daria direito a três mil requisições de informações no sistema por mês. Outras seriam assinatura bronze, com 100 mil requisições; prata, com 2 milhões e ouro, com 5 milhões de requisições. O quadro não indica como seria o pagamento pelas assinaturas.
A plataforma AgroAPI foi lançada pela Embrapa durante a última Agrishow, em Ribeirão Preto (SP). Reúne informações sobre temas variados, como produtividade de cultivares e zoneamento de risco climático. Os dados sobre zoneamento, inclusive, serviram de base para o aplicativo ZARC Plantio Certo, desenvolvido pela unidade de Informática Agropecuária e lançado pelo Ministério da Agricultura junto com o Plano Safra 2019/2020, em junho.
Fonte: Globo Rural