O desafio é grande, mas a comunicação do agronegócio leva cada vez mais informação à sociedade, seja com ações, campanhas e trabalhos que mostram o nível de tecnologia do campo, com o propósito de criar empatia e confiança, além de conectar o consumidor com o produtor rural – ao mesmo tempo em que desmistifica a produção agrícola.
A comunicação valoriza o trabalho dos milhões de produtores rurais, que trabalham de sol a sol para alimentar o presente e o futuro, assim como mostra à sociedade o trajeto dos alimentos até chegar à mesa, reforçando que o campo movimenta a economia do país e é essencial no dia a dia das pessoas. Esse trabalho é um dos pilares da atuação da Associação Brasileira de Marketing Rural e Agronegócio (ABMRA), entidade que há mais de quatro décadas realiza várias iniciativas para fomentar e promover o conhecimento da disciplina do Marketing nas empresas, nas agências e juntos aos profissionais de comunicação e marketing das diversas cadeias do agronegócio, fomentando, valorizando e defendendo a comunicação e o marketing do agro, tendo como referência a transmissão de informações transparentes e verdadeiras para a sociedade urbana.
É preciso acreditar no trabalho de relações públicas como ferramenta essencial para contribuir com o entendimento do agronegócio por toda a sociedade. Estabelecendo um diálogo aberto e responsável com o público urbano, é possível contribuir para a demonstrar o valor do setor produtivo. Para Daniela Ferreroni, diretora da ABMRA, mais do que falar de um produto ou de uma marca, é preciso explicar o benefício que determinada tecnologia gera àtoda a sociedade. “Participar de organizações como a ABMRA e apoiar discussões de grupos é outro ponto importante para avançar no diálogo do campo com a população urbana. Levar a mensagem certa do campo para a cidade passa por questões setoriais importantes, como a segurança alimentar da população, a geração de empregos e renda, o investimento em pesquisas e novas tecnologias, entre outras pautas positivas que precisam ser apoiadas por todos os que estão comprometidos com o sucesso do agronegócio no país”, ressalta Daniela.
Kelly Nakaura, diretora de tecnologia & inovação da ABMRA, entende que as empresas podem (e devem) seguir com seus esforços individuais de promoção da imagem do agronegócio a partir de suas ações de comunicação e propaganda. No entanto, o grande salto impulsionador virá da organização coletiva em torno do interesse comum em clarificar, informar e educar a sociedade a respeito do agronegócio. “Neste sentido, o primeiro passo é estabelecer contato entre empresas num ambiente em que prevaleça a discussão e troca de ideias em benefício do todo. Vejo as associações com um papel relevante de prover este ambiente, organizar discussões e planos de ação e proporcionar a ampliação do networking entre os profissionais do setor”.
A população reconhece que as pessoas vivem mais e com mais qualidade, com a ingestão de alimentos saudáveis e seguros. Carlos Alberto da Silva (Carlão da Publique), diretor de produção agropecuária da ABMRA, ressalta o importante papel de levar informações confiáveis à população. “É preciso um longo trabalho da cadeia produtiva em ‘tornar comum’ à sociedade que ela come bem, vive cada vez mais, morre cada vez mais tarde, tem cada vez mais saúde. Isso ocorre por causa do avanço da medicina e da segurança alimentar propiciada pelos produtores rurais e pela agroindústria. Estas duas áreas, produção e indústria, também precisam comunicar melhor o que fazem de bom”, lembra Carlão.
Essa soma de esforços é essencial para o agronegócio realizar movimentos de grande impacto, com consistência e continuidade, que ajudem a desconstruir a imagem negativa e construir a imagem positiva do campo. “Também nesta missão de fortalecer a imagem do agro brasileiro, vejo espaço para a ABMRA, como a entidade que detém e promove a expertise de marketing do setor. E que pode fomentar esta organização e união entre as diversas empresas associadas, com o objetivo maior de comunicar, promover, informar a sociedade urbana sobre o setor que representa quase um quarto da econômica brasileira”, conclui Kelly Nakaura.