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“Agro precisa ampliar a comunicação e dialogar com as novas gerações”, diz presidente da ABMRA

“Agro precisa ampliar a comunicação e dialogar com as novas gerações”, diz presidente da ABMRA

Durante a Andav 2023, Ricardo Nicodemos defende que se apoiar em fatos e dados é o melhor caminho para combater os mitos em torno do setor

Os desafios da comunicação do Agro estão do lado de fora da porteira, segundo o presidente da Associação Brasileira de Marketing Rural e Agro (ABMRA), Ricardo Nicodemos, que abordou o assunto em sua participação no Congresso Andav 2023, durante o painel “Comunicação, Educação e Sociedade”. De acordo com Nicodemos, com base na pesquisa “Percepções Sobre o Agro. O Que Pensa o Brasileiro”, do Movimento Todos A Uma Só Voz, apoiada pela associação, o setor é um dos mais admirados pela sociedade, perdendo apenas para a saúde – no entanto, o campo precisa aumentar seu relacionamento com a população para conquistar uma parcela que desconhece sua força e impacto.

“A comunicação do Agro está dentro de uma bolha. O setor sabe se comunicar muito bem. Possui uma grande estrutura com emissoras de TV, programas na rádio e em rede aberta, revistas e dezenas de portal especializados. Porém, a informação também precisa ir para fora da porteira e chegar nas novas gerações”, diz Nicodemos.

O presidente da ABMRA enfatizou a importância de se criar uma narrativa e comunicação baseadas em fatos e dados para combater a desinformação e mitos que são atrelados ao Agro. “A pesquisa nos revela que 7 a cada 10 brasileiros têm percepção positiva em relação ao setor, derrubando uma avaliação preconcebida sobre a reputação do campo e dos próprios produtores rurais. Porém, 30% dos brasileiros apresentam um posicionamento desfavorável, sendo que dentro dessa fatia 51% são jovens de 15 a 29 anos influenciados pela falta de informação correta, distância social e física do Agro”, avalia.

Transformação geracional

O debate, moderado pela jornalista Lilian Munhoz, também trouxe reflexões sobre o atual momento em que jovens estão herdando o negócio dos pais e familiares, trazendo para o campo novos hábitos, costumes e pensamentos diferentes. De acordo com os participantes, a nova geração tem um perfil mais participativo e necessita ter uma sensação de pertencimento.

Os painelistas também destacaram a importância de dialogar com os novos produtores, citando que o Brasil tem uma das maiores densidades demográficas de jovens no campo. No entanto, nos últimos 10 anos, observou-se no país a perda de interesse de cerca de 1 milhão de pessoas dessa faixa etária no segmento, o que deve servir de alerta para o setor.

No painel, ao lado de Ricardo Nicodemos, participaram Cassiano Ribeiro, diretor de Redação da Nova  Globo Rural, Letícia Jacintho, presidente do De Olho No Material Escolar (DONME), Marcos Amazonas, CEO da Connect Entretenimento e Educação, e Mônika Bergamaschi, presidente do Conselho da Associação Brasileira do Agronegócio da Região de Ribeirão Preto (ABAG-RP).