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O campo brasileiro está mais jovem e conectado, demonstrando que a agropecuária se renova e continua sendo bom negócio também para os filhos dos produtores rurais. Um fato notório que foi comprovado pela 7ª Pesquisa Hábitos do Produtor Rural, feita pela Associação Brasileira de Marketing Rural e Agronegócio (ABMRA).
O estudo ouviu 2.835 agricultores e pecuaristas de 15 Estados de todas as regiões do Brasil e mostrou o perfil desses produtores também em relação a dados demográficos, hábitos de compra, envolvimento com novas tecnologias e mídias, fontes de informação, compra e uso de insumos.
Ele identificou que a idade média dos produtores hoje é de 46,5 anos, número 3,1% menor em relação ao estudo feito em 2013 e que demonstra a atualidade da produção agrícola, permeada por drones, GPS, aplicativos de celular e máquinas operadas sem a necessidade da mão-de-obra humana.
É um número a se comemorar porque mostra uma tendência necessária de permanência no campo. Toda essa conectividade é atraente aos nossos jovens e se torna um dos principais motivos para que eles queiram permanecer onde seus pais construíram toda uma vida.
É a permanência que garante a continuidade do trabalho de alimentar as pessoas com qualidade, responsabilidade e sustentabilidade. E não apenas isso, com mais conhecimento acadêmico sobre o assunto, já que o mesmo estudo apontou que 21% desses produtores têm curso superior.
Isso nos mostra, primeiro, que o Jeca Tatu hoje em dia é apenas um estereótipo o humor; segundo, que há um interesse da nova geração em fazer parte da gestão da propriedade rural – há muito tempo não mais de subsistência, mas sim uma empresa, inserida em um dos mais vultuosos mercados financeiros.
O agro está na Bolsa de Valores, está na mídia e vem mostrando cada vez mais sua importância. Para se ter uma noção, em 1994, o Produto Interno Bruto (PIB) Agropecuário foi de US$ 35 milhões. Em 2016, o valor foi de US$ 1,8 trilhão.
Outra mudança apontada foi o uso de smartphones, que no levantamento anterior mostrou 17% dos produtores usando a tecnologia; hoje este número chega a 61%. Além disso, cerca de 75% dos produtores têm acesso à internet e usam redes sociais. Desse universo, 96% usa o WhatsApp, 67% o Facebook e 24% o YouTube.
É a tecnologia em favor da produção de alimentos para o Brasil e o mundo, e que tem forte mercado: nos dois últimos anos, metade dos aplicativos desenvolvidos no Brasil foram voltados para otimizar a atividade no campo.
Realizada desde o dia 31 de janeiro em São Paulo, a própria Campus Party, maior evento de tecnologia, inovação, criatividade e cultura digital do mundo, já percebeu essa renovação e abriu suas portas para os criadores de ideias tecnológicas voltadas ao agro.
E na Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo não fazemos diferente. Orientados pelo governador Geraldo Alckmin a sempre melhorar o cotidiano de trabalho do produtor rural, promoveremos na capital paulista, nos dias 3 e 4 de março, o Agrifutura – Um mundo de inovação para o seu agronegócio.
Em parceria com importantes entidades do agro e a participação de todas as unidades da Secretaria, promoveremos em nosso Instituto Biológico (IB) uma programação gratuita com exposição de inovações, mostra de pesquisas e start-ups, hackathon, palestras e bate-papos. O objetivo é que os participantes descubram a teoria e a prática da inovação tecnológica aplicada às etapas do seu agronegócio.
Falaremos sobre plano de negócios, planejamento agrícola e inovação para pessoas que sabem da importância de se atualizar para ganhar competitividade, acesso ao mercado, gerar renda e agregar valor. As inscrições já podem ser feitas pelo site www.agrifutura.com.br.
É a hora definitiva de uma agricultura mais tecnológica em favor do produtor rural, a favor do Brasil!
Por Arnaldo Jardim, secretário da Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo e deputado federal PPS/SP (licenciado)
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