O brasileiro consome cerca de 9,5 kg de peixes por ano. É pouco. A recomendação da FAO é de 12 kg/hab/ano, porém, a média mundial é superior a 20 kg/hab/ano. “Precisamos impulsionar o consumo no Brasil. Trata-se de um alimento rico e extremamente saudável”, ressalta Francisco Medeiros, presidente executivo da Associação Brasileira da Piscicultura (PEIXE BR).
O dirigente destaca que “temos de valorizar os peixes de cultivo, como tilápia, tambaqui, pacu, tambacu, pirapitinga, tambatinga e dezenas de outras opções. São espécies que mostram o extremo potencial de produção de peixes que temos no país”. Medeiros destaca que do consumo per capita atual (9,5%), apenas 1/3 são de peixes de cultivo oriundo do Brasil, pois grande parte da importação é de peixe de cultivo de outros países, como o panga e salmão.
Com o objetivo de levar mais informações sobre os peixes de cultivo do Brasil para os consumidores e, assim, contribuir para o aumento do consumo, a PEIXE BR e seus mais de 100 associados estão lançando uma campanha nacional como parte da ação “Semana do Peixe”, que vai até o final de setembro.
“A cadeia da Piscicultura está em formação, mas já é representativa. São mais de 1 milhão de empregos diretos gerados em todo o Brasil. E estamos presentes em todos os estados. Em 2017, a produção nacional de peixes de consumo atingiu 691.700 toneladas, sendo 51,7% de tilápia (357.639 t), 43,7% de peixes nativos (302.235 t) e 4,6% (31.825 t) de carpas e trutas. Crescemos a taxas médias de 10% ao ano na última década e temos potencial para crescer em ritmo ainda superior”, informa o presidente da PEIXE BR.
A campanha para aumento da demanda interna dos peixes de cultivo da PEIXE BR focará no consumidor final. Para isso, serão realizadas ações para sensibilizar e engajar os vários agentes da cadeia produtiva, como produtores, indústrias, varejistas, restaurantes e food service. “Também vamos envolver nessa iniciativa os influenciadores, que podem ajudar – e muito – a levar informações de qualidade para quem já consome peixes de cultivo e para as pessoas que estão receptivas a este alimento muito saudável”, explica Francisco Medeiros.