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* Por Ana Cristina Pinheiro, Coordenadora de Boas Práticas Agrícolas da Dow AgroSciences
Mais uma manhã se inicia. No campo, o horário de treinamento começa quase que ao despertar do dia, ainda com o cantar do galo, por assim dizer. Vemos o sol surgir, hoje, entre nuvens. Estamos no início da Primavera, e, ainda que com o calor intenso, aqui em Sorriso, interior do Mato Grosso, as nuvens permitem uma leve brisa. Estamos prontos para mais um treinamento.
No dia anterior, a equipe da UNESP – parceira da Dow AgroSciences que se dedica, parte do ano, a viajar pelos quatro cantos do Brasil, ensinando o homem do campo a lidar de forma mais sustentável com a sua lavoura -, já havia organizado todo o itinerário da semana. Apresenta-se aos agricultores os conceitos de boas práticas na aplicação de defensivos agrícolas, além de conscientizar e incentivar a adoção destas iniciativas, a fim de otimizar recursos, reduzir o impacto no meio ambiente e prover maior sustentabilidade para o agronegócio.
Sorriso, está localizada a cerca de cinco horas de Cuiabá, Capital do Estado, e em uma população em torno de 80 mil. É considerada capital nacional do agronegócio e maior produtora individual de soja do mundo. A cidade foi colonizada por migrantes do Sul do País. Sorriso é responsável por 17% da produção de soja de Mato Grosso e 3% da brasileira. Por esse motivo a cidade é extremamente importante para receber o treinamento do Programa de Aplicação Responsável.
Anualmente os produtores recebem o treinamento levando conhecimento e mostrando equipamentos e inovações tecnológicas que podem garantir uma lavoura mais rentável, reduzindo os custos e aumentando os ganhos de produtividade. Mas, por vezes, em nosso ensinar já não sabemos quem aprende com quem. A verdade é que todos temos muito conhecimento a adquirir rodando por esse interior do Brasil, o que torna nosso trabalho ainda mais bacana.
Nos seis anos do projeto, plantamos conhecimento e construímos muitas histórias. No Brasil, o homem do campo ainda está muito ligado às suas origens. O aprendizado vem dos pais e avós, é passado entre as gerações. Tecnologia é, muitas vezes, uma verdade bastante longínqua. Por isso, nosso trabalho é quase de “formiga”. Não apenas o de mostrar como fazer melhor, mas o que existe para se fazer melhor. Provar que um investimento, vai trazer um retorno ainda maior do que o produtor imagina. É conscientizar os trabalhadores, que se melhorar os ganhos do “patrão”, eles também vão ser beneficiados.
Os treinamentos são gratuitos, fruto de parceria entre universidade e empresa. Participar de um projeto desta grandiosidade – que já percorreu as cinco macrorregiões do Brasil – que chega, verdadeiramente, aos rincões de nosso país – nos ensina sobre as diversidades. A cada treinamento, desafios diferentes, realidades únicas, tão únicas quanto as diferenças climáticas, de solo, e de cultivo em cada região.
O curso fala com todos eles – com linguagem simples, de fácil entendimento e, por isso, conseguimos atingir todos os níveis, desde o pessoal de campo, até agrônomos, técnicos agrícolas, proprietários e operadores de maquinário. Uma vez, nos surpreendemos ao descobrir que um proprietário de uma grande fazenda era analfabeto, mas somente após sua esposa nos avisar, bem de mansinho, “ao pé do ouvido”. É…
Dependendo da forma com que conduzimos o treinamento, existe uma resistência dos produtores mais velhos, com menor interesse no início dos treinamentos. Em geral, são os agricultores “mais tradicionais”, aqueles que acham que já sabem tudo sobre como cuidar da sua lavoura. Mas, com as simulações e, posteriormente, a adoção do que aprenderam no dia a dia, eles vão percebendo, aos poucos, que essas tecnologias fazem diferença. Muitos questionam o conhecimento do grupo, formado por estudantes. Acham que só sabem a teoria. Mas os alunos são guerreiros e conseguem driblar a resistência, na maioria das vezes.
Já os agricultores jovens estão mais abertos às novas tecnologias. Isso é bom. Nosso país tem um potencial agrícola enorme. Esse pessoal é que estará à frente das fazendas no futuro. Eles têm que absorver a importância de uma agricultura mais sustentável. Conquistar “gregos e troianos” para uma causa tão relevante é o que move a todos nós, envolvidos no projeto. Não adianta crescer sem sustentabilidade, sem responsabilidade. Por isso, já treinamos cerca de 16 mil pessoas, desde o início do programa, em 2010.
Hoje o dia se esvai, mais um dia de campo se encerra. Partiremos amanhã para mais uma jornada. Fizemos amigos. Tivemos a pausa para o cafezinho, porque “ninguém é de ferro”, e provamos da paçoca, doce típico local. Agora é botar o pé na estrada! Antes mesmo do galo cantar.
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