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Medidas estratégicas para o agronegócio brasileiro

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Confira o artigo de João Guilherme Sabino Ometto, engenheiro, vice-presidente do Conselho de Administração do Grupo São Martinho, vice-presidente da FIESP e Membro da Academia Nacional de Agricultura

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A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) revela que a produção de grãos em nosso país deverá ter queda de cerca de 5% este ano, em relação a 2015, atingindo 196,5 milhões de toneladas. A redução soma-se à quebra na safra do feijão. Atribuem-se os problemas a questões climáticas, principalmente associadas ao fenômeno El Niño.

Dentre os grãos, o maior recuo, de 10% na comparação com 2015, será na produção de milho, que alcançará 76 milhões de toneladas. É o menor nível em três anos. Quanto ao arroz, a colheita deverá passar de 12,44 milhões de toneladas em 2015 para 10,66 milhões de toneladas este ano. Devido à menor produção, as importações de alguns produtos deverão aumentar.

Independentemente dos problemas climáticos, é necessário resgatar a confiança dos empresários do agronegócio, que apresenta trajetória clara e muito bem definida de queda, desde que começou a ser medida, em 2013, pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB). Considerando o bom desempenho do setor nos últimos anos, essa tendência menos otimista deve-se à insegurança gerada pela crise político-econômica.

Por isso, em paralelo às medidas voltadas à retomada do crescimento econômico, o governo precisa dar mais atenção a alguns problemas crônicos que afetam o agronegócio. Um dos mais graves é apontado em novo estudo do Banco Mundial (BIRD), Embrapa e Ministério da Agricultura, intitulado Revisão Rápida e Integrada da Gestão de Riscos Agropecuários no Brasil. Na visão dos próprios agropecuaristas, a precariedade dos transportes e da logística é a questão mais grave e a menos atendida pelas políticas públicas.

Razões não faltam para essa preocupação: no ranking 2015-2016 do Fórum Econômico Global (WEF), dentre 140 nações, nosso país ficou em 123º lugar em infraestrutura de transporte e 122º quanto a portos e rodovias. Sessenta por cento dos produtos agropecuários são movimentados por estradas, mas apenas 13,5% delas são pavimentadas. A ameaça sempre presente de uma interrupção dos fretes e a lentidão permanente geram insegurança e reduzem a competitividade. Os riscos climáticos são os segundos mais preocupantes.

Para mitigar esses dois fatores de insegurança dos produtores, são necessárias políticas públicas consistentes, a começar pelo restabelecimento das parcerias público-privadas no setor de infraestrutura, mas com critérios atraentes para as empresas e economicamente viáveis. Quanto aos riscos climáticos, a única solução possível é ampliar e aperfeiçoar os mecanismos de seguro, de modo a oferecer mais proteção e confiança aos agropecuaristas e estimular os investimentos em aumento de produção. As duas medidas são absolutamente estratégicas!

O Banco Mundial e os organismos internacionais preocupam-se com o agronegócio brasileiro principalmente porque o enxergam como uma das soluções para o abastecimento global. Para nossos agropecuaristas, apesar de entenderem e se sentirem honrados ante tamanha responsabilidade, a solução dos problemas que os afetam é essencial para produzirem mais, criarem empregos, gerarem renda e continuarem contribuindo para o fortalecimento da economia nacional.

*João Guilherme Sabino Ometto, engenheiro (Escola de Engenharia de São Carlos – EESC/USP), é vice-presidente do Conselho de Administração do Grupo São Martinho, vice-presidente da FIESP e Membro da Academia Nacional de Agricultura.

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