Planeta precisará produzir 60% mais proteína animal para alimentar sua população
Criado pela ONU, o Dia Mundial da Água é celebrado em 22 de março e este ano, o tema é “Águas Residuais” – que são as que procedem de uso doméstico, comercial ou industrial. Tendo em vista a importância do tema, a Ipsos realizou uma Pesquisa Global, em 24 países e o estudo aponta que 34% dos participantes mundiais confiam no sistema e não acreditam que as águas residuais sejam uma ameaça ao abastecimento de água potável em seu país.
Os mais otimistas sobre as práticas atuais dos recursos hídricos residuais são Hungria (67%), Alemanha (60%) e Grã-Bretanha (52%). Por outro lado, o Brasil está em penúltimo lugar no ranking, empatado com a Colômbia, e a Sérvia na última colocação. Nos dois países, apenas 17% da população confiam que as águas residuais são efetivamente tratadas. Para 52% dos brasileiros, águas residuais podem representar uma ameaça ao abastecimento de água limpa, porque não concordam que elas sejam efetivamente tratadas.
Já quando os entrevistados foram questionados se o crescimento industrial e residencial vai colocar o abastecimento de água limpa em risco daqui 5 a 10 anos, 48% concordam com o pensamento. As nações que mais se preocupam com o impacto do aumento residencial são Colômbia (69%), Sérvia (68%) e Argentina e Chile, empatados na terceira colocação, com 64%. No Brasil, 49% se afligem com este crescimento enquanto 19% não acreditam que o aumento residencial impactará negativamente.
“Cada vez mais, governos e organizações do setor privado estão implementando mudanças com o intuito de alcançar os objetivos de desenvolvimento sustentável indicados pela ONU. Assegurar um tratamento adequado das águas residuais ajudará os países a garantirem a disponibilidade, a gestão sustentável da água e do saneamento para todos. Este estudo mostra que a maioria dos cidadãos mundiais não têm confiança nos atuais sistemas de tratamento de águas residuais e estão preocupados com o impacto do crescimento, visto o risco que ele representa para o abastecimento de água potável no futuro. Especificamente os brasileiros são pessimistas com essa prática, pois historicamente o Brasil é um país relapso com seus recursos hídricos e carente de planejamento urbano, causando sérios impactos na gestão sustentável de seus recursos e comprometendo a qualidade de vida das pessoas”, afirma Danilo Cersosimo, diretor da Ipsos Public Affairs.
Realizada entre 17 de fevereiro e 3 de março, a pesquisa aconteceu em 24 países: África do Sul, Alemanha, Argentina, Austrália, Bélgica, Brasil, Canadá, China, Coreia do Sul, Espanha, Estados Unidos, França, Grã-Bretanha, Hungria, Índia, Itália, Japão, México, Peru, Polônia, Rússia, Sérvia, Suécia e Turquia. Foram entrevistadas 18.070 pessoas, sendo adultos de 18 a 64 anos nos Estados Unidos e no Canadá e de 16 e 64 anos nos demais países. A margem de erro é de 3,5%.