De acordo com o levantamento realizado pelo Instituto de Economia Agrícola (IEA), em parceria com a Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (Cati), em 2018, o número total de bovinos no Estado de São Paulo foi estimado em 10,34 milhões de cabeças. Quando classificados por aptidão do rebanho, os dados mostram que o número de bovinos de corte apresentou redução de 1,22%, revertendo a tendência de crescimento dos dois anos anteriores, totalizando 6,19 milhões de cabeças. O rebanho leiteiro deve continuar a apresentar sua tendência de redução dos últimos três anos, e o total de 1,17 milhão de cabeças previsto mostra uma diminuição de 1,94% em relação ao ano anterior. Na categoria gado misto, nota-se em 2018 uma redução do plantel de 1,62%, com registro de 2,98 milhões de cabeças.
Do rebanho bovino estadual voltado à produção de carne, estima-se que 3,67 milhões de cabeças serão enviadas para abate em 2018; esse número é 1,35% inferior ao verificado no ano passado. Deste modo, espera-se uma oferta de 62,36 milhões de arrobas ou 935 mil toneladas de carne bovina. A produção leiteira para 2018 foi estimada em aproximadamente 1,61 bilhão de litros, com acréscimo de 2,23% em relação a 2017.
O plantel de aves para postura foi estimado em 51,16 milhões de cabeças, 0,42% maior que em 2017, com a produção de ovos apresentando aumento de 4,79%, totalizando aproximadamente 1,18 bilhão de dúzias. Na produção de aves para corte, as estatísticas apontam para uma capacidade instalada de produção de 126,25 milhões de cabeças, 3,26% inferior ao existente em 2017, e um abate de 686,35 milhões de cabeças, equivalendo a uma oferta de 1,54 milhão de toneladas de frango em peso vivo, resultado superior em 2,2 % ao quantitativo da produção de carnes do ano anterior.
O efetivo de suínos no estado previsto para 2018 foi calculado em 987 mil cabeças, o que significa um ligeiro acréscimo de 0,41%, em relação a 2017, revertendo a tendência de queda verificada nos dois anos anteriores. Os abates totalizaram 1,51 milhão de cabeças, resultando na produção de 125 mil toneladas de carne, mostrando importante elevação da ordem de 30,24% em relação ao ano anterior.
A cadeia de produção de proteínas animais no Estado de São Paulo vive um ano de muitas incertezas. Os números de acompanhamento de rebanho e produção estimados para 2018, que ainda não definitivos, projetam crescimento discreto ou ainda pequeno decréscimo, conforme a categoria animal, destacam Carlos Nabil Ghobril e Carlos Roberto Ferreira Bueno, pesquisadores do IEA.
O ajuste entre as necessidades de consumo de proteínas animais e sua produção deve continuar tendo que equacionar todas as variáveis que o setor produtivo primário tem a enfrentar. Os resultados do comércio exterior também têm forte impacto nas expectativas e nos resultados deste mercado. “O crescimento da produção paulista está na dependência de vários fatores: melhores pastagens, animais mais produtivos, insumos disponíveis a preços adequados, boas condições climáticas e de estabilidade econômica, que agregados determinam o bom desempenho esperado”, concluem os pesquisadores.
Fonte: Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo