O Brasil tem se consolidado como um dos principais países produtores de azeite do mundo. Entre as regiões de destaque, estão os olivais presentes na Serra da Mantiqueira, que engloba os estados de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Para este ano, a expectativa é de que a produção alcance 60 mil litros, superando a safra de 2023.
Com este cenário positivo, um azeite produzido em Maria da Fé, município do sul de Minas de Gerais distante a 430 km de Belo Horizonte, foi eleito o melhor do mundo pelo prêmio espanhol Evoluem 2024. Chamado de Mantikir Summit Premium, o azeite brasileiro produzido no olival mais alto do país conquistou o 1º lugar na categoria Produção Limitada e passou a integrar o ranking espanhol dos 100 melhores azeites do mundo. Com a pontuação no ranking de 93/100 e uma acidez de 0,11%, ele é composto com uma variedade das melhores azeitonas Coratinas, Arbequinas e Koroneikes, provenientes da Fazenda Tuiuva, também localizada em Maria da Fé.
Além da Serra da Mantiqueira, a região Sul do Brasil ocupa um lugar destaque na produção de azeites. O Rio Grande do Sul é o maior produtor brasileiro e com rótulos ganhando premiações internacionais. O Potenza Frutado, desenvolvido pela Fazenda Serra dos Tapes, em Canguçu – cidade reconhecida como a Capital Nacional da Agricultura Familiar -, foi escolhido como o melhor azeite de oliva extravirgem pelo Guia ESAO, na Espanha.
O Brasil é o segundo maior importador de azeite de oliva do mundo, ficando atrás apenas dos Estados Unidos. Apenas entre 2013 e 2020, o país cresceu a importação do produto de 73 mil toneladas para 104 mil toneladas ao ano. Ainda que o consumo interno originário de olivais brasileiros seja de apenas 0,24%, os produtores podem se beneficiar com a alta internacional no preço dos alimentos devido à qualidade do produto e os benefícios à saúde, como o controle dos níveis de açúcar no sangue.