Iniciativa que visa a preservação do meio ambiente pode ajudar a população a conhecer mais sobre as preocupações ambientais dentro do Agro
O Plano Safra 2023/24, anunciado pelo governo federal, trouxe como um dos seus pilares o incentivo aos produtores rurais que adotam práticas sustentáveis de preservação e baixa emissão de carbono, visando estimular a redução do impacto ambiental na cadeia produtiva. A abordagem não só fortalece a boa relação do setor com o mercado exterior, como também é uma oportunidade para a população conhecer as boas práticas já empregadas no Agro brasileiro.
De acordo com a pesquisa “Percepções sobre o Agro. O que pensa o brasileiro”, realizada pelo movimento Todos A Uma Só Voz, 39% dos entrevistados não atribui ao setor a principal responsabilidade pelos impactos ambientais, enquanto que somente 19% acreditam que o Agro carrega a maior parcela de culpa. Os dados também revelam que, de maneira geral, a faixa etária de 30 a 59 anos tende a ser mais crítica com aspectos ambientais, representando 38% da parcela com este posicionamento.
Segundo o idealizador e mentor do movimento e presidente da Associação Brasileira de Marketing Rural e Agro (ABMRA), Ricardo Nicodemos, a preocupação com o meio ambiente também é relevante para quem produz. “A 8ª Pesquisa ABMRA Hábitos do Produtor Rural aponta que 87% dos produtores se preocupam com aspectos ambientais da sua propriedade”, afirma Nicodemos.
O presidente da associação ressalta que ao adotar práticas sustentáveis, o produtor consegue preservar a qualidade do solo, garantir a disponibilidade de recursos hídricos e melhorar a eficiência produtiva. “O Brasil também tem se destacado em relação às boas práticas de bem-estar animal. Além disso, é possível observar o crescente interesse do Agro pela profissionalização, com foco na governança orientada pelas boas práticas do ESG”, diz.
Difundindo conhecimento
Divulgar a forma com qual o Agro brasileiro lida com a produção sustentável, a agricultura regenerativa, preservação dos recursos hídricos, controle da cadeia de carbono, o bem-estar animal e as mudanças climáticas faz parte de um dos eixos estratégicos do projeto Marca Agro do Brasil, organizado pela ABMRA.
O projeto que já se prepara para a fase de captação de recursos e vem mobilizando empresas, cooperativas, produtores, veículos de comunicação e agências, pretende abordar a história e evolução do Agro, trazendo dados sobre a alimentação, evolução tecnológica voltada para sustentabilidade, práticas ESG, o surgimento de novas formações e carreiras para lidar com os desafios ambientais, e o uso defensivos no Brasil.
“Além do impacto positivo nas relações comerciais, a adoção de práticas sustentáveis no Agro também traz benefícios para a própria população do país. Enxergamos como fundamental que as pessoas tomem consciência dessas práticas e da preocupação do setor em relação à questão”, diz Ricardo Nicodemos.